segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
boêmia
não tenho nada a dizer...
não decorei a ultima nota,
nem sequer sei qual a próxima podre melodia de dois acordes..
aquela canção que quisemos compôr tempos atrás,
não teria possibilidade tão bela
quanto a nos dada por este acaso despercebido,
sutil e implacável
vista deste eterno agora.
dualista
mas preferi sair ilesa e não tomar partido
flutuei sobre a situação
sobre os dois lados opostos
mas que ficavam do mesmo lado do rio
observei meus próprios olhos
tentando ver por onde ia a resposta
a essa pergunta mal formulada...
então
não decidi,
não abri mão,
nem fechei,
apenas deixei o rio continuar correndo.
qual barragem não irá estourar um dia?
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
salvação
nadando a maioria do tempo numa água espessa e turva, sem ao mesmo me dar conta que estou na água, muito menos que é turva, pensando que a vida é assim mesmo. E as vezes quando estou quase sufocando, por pura necessidade de oxigênio, eu subo na superfície e assim posso ver o sol, o ar, as arvores ao redor, através dos meus olhos de peixe, é ai que percebo que sou um peixe, que nado numa água espessa e suja, e que existe coisas além disso. e suspiro.
porém, como eu disse, peixe de memória curta.
Oxigênio recomposto, alívio imediato, sensação de cura, e pronto, acho que posso voltar a mergulhar nessa água espessa e suja, junto com todos os outros peixes, e penso: -vou salvar todos eles, vou traze-los aqui e mostrar a eles que somos peixes, e que existem muitas coisas além disso.
Só que então, no meio do caminho esqueço... esqueço... até o próximo momento em que eu quase morro sufocada.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2008
domingo, 7 de dezembro de 2008
águas
como posso pensar que és a causa, se sou eu quem sinto a ânsia de vômito.
....
Você não me enxergaria, não seria possível com esses olhos cheios de nuvens pesadas e cinzas.
não me entenderia, muito menos ainda, perdoaria.
como sujeitar-se a olhos assim sem se perder, sem se encharcar dessa magoa tempestuosa?
esquecida que teus olhos jamais foram donos de mim, me perdi.
Mas recordei-me agora, a tempo de me salvar de morrer afogada dessas tuas águas turvas e silenciosas. E de agora, se me vês ou não, não importa mais, jamais irá me tomar ou me tornar.
lavei-me dos pés a cabeça dessas águas límpidas lacrimais e curadoras.
agora é que vamos ver.
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
prolixia
A razão me abandona sempre, sempre, sempre.. que o coração me toma por saltos, e as trágicas lembranças dos passados funcionam como motivos, desculpas e bodes expiatórios para meu comportamento instável, anárquico, inseguro, infantil... descompromissado.
onde já se viu. alguém do meu tamanho chorar assim por tanta bobagem. E lá vem meus pressentimentos antigos, revisados e desmedidos... com réguas imaturas e sem nenhum sentido.
Procuro minhas curas momentâneas, equilibrando sobre o teclado um cigarro, escrevendo sem parar palavras soltas, que descrevem no formato e não no conteúdo as minhas reclusas desculpas desavisadas de mim de mesmo.
Por mim... só queria ser como um monge. Aliviar esses tons de vermelho na minha cabeça, olhos e boca. Como Tara Vermelha a mulher BUDA. Tentei até meditar em silencio mas acabei de me arrebentar por dentro.
Deixe-me escrever, por favor, é o único remédio a vista, além dessa carteira de cigarro cheinha, aliviadores desse grito amarronzado.
Eu faço certo mas em seguida estrago e destruo toda a impressão descente em uma única fala. É como falar dos marrecos e patos antes de dormir ao seu lado.
Não há como entender-me. eu mesmo gostaria.... você não entende. e ainda clama para que eu veja através de sua boca fechada.
E aí que eu pedi por um clarão, um herói disfarçado, um príncipe num cavalo branco, um semi-deus tranqüilo e barato. mas foi o suficiente para me perder diante de tanta sensação descompensada, pensamentos acusadores, disparates e abóboras mágicas!
Éra assim que eu via Cinderela.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
é lá.
na praça perto do trilho de trem
em frente ao ponto do ônibus
onde eu parei
e é lá, que eu vou encontrá-la
ela disse que eu podia ficar
até quando eu sei lá!
Ela é uma garota muito bela
e eu viro sempre uma fera
quando não posso ve-la
porque não deu
porque o carro morreu,
o gato escafedeu,
choveu, não dá...
vou ter trabalhar...
lal lalalalalala lala lalalala
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
quem sou eu.
quinta-feira, 16 de outubro de 2008
denovo
e sofri sempre ao se desmancharem
Me deparo então, com a verdade única e diamântica,
não ha como saber-te ou conhecer-te.
Condição real dessas como a gravidade.
e se vejo atos passados seus, e meus referentes a ti.
me perco, e começo já pelo fim.
"nova" é a palavra que me vem
com significado mais próximo
de nos aproximar.
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
Caminho em frente pra sentir saudade.
o seu olhar sobre mim. Porque, infernos, teu olhar tanto me importou?
Me importou, como se fosse possível sabê-lo. Assim como é possível ler uma carta franca e clara. Mas nunca chegou. Imagino que ela ainda esteja extraviada, errou o endereço e nunca mais me achou.
E esperei muito tempo. Pois era lá, nessa carta perdida, que eu acreditei estar descrito quem eu sou. E se for assim, pode ser que eu nunca saiba afinal. Me perdi.
Foi aí que eu percebi, não era mais a você à quem eu tanto queria, queria era a carta.
....
é possível ser livre das sensações?
Ser livre da dor ao prazer?
Ser livre, penso, não significa não sentir,
mas estar desamarrado de qualquer coisa ao escolher pra que lado.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Vazio
Mudei de ares, e agora, ando revendo-me. E me vejo fora de mim, ás veses, como qualquer uma andando na rua, sem história, sem futuro. alguém sem importância, ou desimportância.
Assim análizo friamente, como se fosse outra pessoa, sem vínculo nenhum comigo mesma.
E reparo até, no modo de andar. E em todos os meus hábtos, e confesso... não me valem de nada. Vejo que posso até mudar meu jeito de falar, ou ficar em silêncio, sem esforço algum. Me parece ter-me cabido a tarefa de me desfazer. E principalmente analizar.
E me sinto vazia. Todos os meus pensamentos costumeiros de antes... Frutos de uma rotina certa... Ficam cada vez mais distantes...
Reinvento-me nesse vazio explícito e cru. E sem qualquer condecendência, a crueza dos fatos revela-me.
Por um outro lado. o amor (de todo o tipo), me aparece como questão principal. e sobre ele minha percepção... parece se expandir, nas questões essenciais.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
cativeiro
com o olhar, cobras.
vou voar, viro,
estou de costas
o bote, o boicote
cobra!
sinto a pontada aguda
é o fim.
é o nada.
agora vejo.
vejo de costas.
vejo tudo, sem olhos!
vejo tudo, sem mente!
vejo tudo, sem nada.
nunca houveram cobras além de mim.
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
ilusão de ótica
Me acalmo, olho em volta,
percebo meus pensamentos tolos que me atacam sem mais força alguma.
E... me pergunto...
Quem és agora nú?
Mais um que prometeu (co)responder?
Mais um dos quais achei que podia (me) ver?
Mais dois olhos... que já não miram os meus...
podes ser, em mim, mais um sonho, romance ou ilusão...
e assim, já não és mais alguém...
quarta-feira, 23 de julho de 2008
Um texto meramente organizativo
Mas que tempo?
Eu tenho pressentimentos, misturados as percepções vistas à olhos nus. É quase como se eu pudesse fazer um cálculo bem feito de matemática onde o resultado... é difícil errar, é raro.. é... estatisticamente 99,9% de acerto. Mas sempre posso contar com uma variante ali e outra aqui e até posso mudar o resultado... mas quando não consigo, me invade uma sensação de fracasso, e preciso me cuidar sempre pra não ficar paranóica, saber antes, pode ajudar mas pode atrapalhar mais ainda. Saber que vais cair se não acertar o pé no lugar certo é ainda mais aterrorizante que cair. Algo que pode esmagar o coração de alguém.
A sensação é contínua, engasgo na garganta e aperto no peito, a ânsia de vômito, mas não se tem nada no estômago, já nem consigo mais comer, mas ainda assim se quer vomitar, expulsar a dor e o medo como se fossem materiais, físicos e podres!
Me sinto presa em meu próprio corpo forjado pela minha própria mente.
Enjôo mais uma vez, vou vomitar, eu vou vomitar.
Não há nada no estômago!
quando fica muito confuso como agora, enterrada já com mil ilusões pegajosas,
e é difícil enxergar algo agora, com tanta"esperança" de um futuro melhor. já que o presente é estranho e apático, como uma neblina que me esconde fria e parada vendo os outros viverem, andarem, mudarem, e eu presa vendo o presente como meu "futuro passado".
engraçado, não enxergar isso. eu que cantava para outros despertarem. andei tanto dormindo.
sonhando com um futuro como se fosse um prêmio, mas que não podia esperar nada mais além de um presente mediócre. Esperava que coisas mágicas acontecem e eu fosse ficar feliz derrepente, e do céu caísse uma providência divina. Sempre pensei que fosse assim. não sei. talvez até seja....
por isso nunca me preocupo. nunca me preocupo com muita coisa.
a não ser quando tenho meus pressentimentos...
podia eu ver algo mais? talvez eu nem veja mais nada, além de ver o futuro ser boicotado pelos meus pressentimentos. Por isso ando tanto querendo consultar uma cartomante. Rs
muito engraçado da minha parte... não ter percebido....
e eu aqui no presente me embriagando.
muito engraçado. muito engraçado.
terça-feira, 15 de julho de 2008
o fio da navalha
E está fincando, está doendo já... de tão apertado.
Meu coração bate, se debate, se contorce, mais e mais forte
na tentativa desesperada e enlouquecida de se libertar desse fino fio e forte feito da matéria que une.
E quanto mais se afastas, mais aperta
e faz perder as forças que resistem.
Mas o que adianta debater a carne crua contra um fio tão fino e afiado?
não há saída... vai cortar em dois!
é tanto... que já posso sentir o gosto de sangue na garganta.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Um convite.
Um convite para ser sincero consigo mesmo, comigo e com todos, pois nesse mundo é a única forma de ser, pois nele a transparência é tanta, que é impossível não ver, por exemplo o que somos juntos.
Um convite feito de um olhar sincero, que se for reciproco, poderás perceber do que é capaz, do que é feita a liberdade, e quais são as leis deste mundo. E verá que liberdade, verdade, unidade, equilíbrio, o novo, o belo, a felicidade... tem algo em comum e entenderá o que é.
e verá isso em qualquer coisa, até mesmo em um gesto simples, como o toque leve entre nossos dedos.
Convido para viver no mundo real.
quem terá a coragem? Quem virá? quem vem lá?
terça-feira, 29 de abril de 2008
re-feridas
Procuro nos seus parágrafos implícitos
supostas frases destinadas a meus olhos.
e ainda espero cartas prometidas,
mas até aqui...
em minha correspondência
nada foi correspondido.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
supernova
Poderia perder o tino e te chigar dos pés a cabeça. mas eu ri como uma palhaça comportada, e depois me visti de branco e fui a tua caça. para que soubes-te minha cara, que não poderias ser tão faltal a ponto de me ver cair de mim.
acontece que agora, dias depois do ocorrido, venho me perguntando o que seria que devia mesmo ter dito. se não devia ter gritado, chorado, batido, ao invés de ter passado por cima da minha dor incógnita, encarado meu demônio com tal serenidade quase feito cristo, e se deveria, acima de tudo, ter forçado.. porque sabes que tenho força, a conheces...
mas não...
forçar a porta não iria adiantar nada.
já estavas trancada a muito tempo, com seduções inseguras e baratas.
foste tola assim como eu e premiasse nossa fotonovela com uma trágica e clássica tragédia ou comédia grega, tanto faz. na qual em sua máscara havia uma única expressão, de boca entre-aberta e olhos arregalados...
Fui capaz de prever. mas não de acreditar. não acredito em nada, apenas em mim.
Me lembro daqueles seus silêncios contínuos, me angustiavam o corpo. porque neles já cultivavas pensamentos suspensos que não te deixavam ver e nem ser presente.
Sabes dos príncípios das relações humanas? dos reflexos mútuos?
primeiro achei que fosse indigna do teu respeito. depois que consideraste que assim eu fosse. mas percebi a tempo... antes de morrer desse veneno, que desse antídoto não se vende. Assim, com a cura nas mãos, me vi sem mais nenhuma opção, apenas o caminho reto em minha frente, não havia mais nada a se fazer a não ser te salvar pra ser minha e tua heroína.
Não tenho capacidade de julgamento, assim como ninguém tem ou terá poder para nos julgar...
vejo-te.
supernova.
terça-feira, 11 de março de 2008
A Flor de Ouro
sinto mais de mil sensações quando vejo ela na frente dos meus olhos, ou sua imagem gravada na minha mente.
A cada vez é diferente.
Quando penso naquela pessoa, posso cair em tristezas profunda ou em sobre uma onda de paz, desprezo, ou medo.
Depende sempre de qual julgamento sobre as atitudes dela, qual a interpretação que tomo como verdade de suas falas e gestos. Interpretações, julgamentos sobre atitudes, gestos e falas, que nunca saberei o que realmente significam, ou se significaram algo. E também a interpretação do próprio sentimento, definindo-o de amor, ou paixão, ou os dois juntos. Definições subjetivas e pessoais.
Esses meus pensamentos são tão fortes, que me provocam sensações que mexem até o físico.
sensações que parecem borboletas dançando na barriga, algumas vezes um embrulho no estômago, tremor, suspiros, aperto no coração. e mais.
E como a maioria das pessoas, já chamei isso de amor.
Como pode ser amor, sensações que emergem por motivo de pensamentos, julgamentos, interpretações, suposições imperfeitas, incompletas, ilusórias... sobre gestos, atitudes, falas, que nem mesmo ela pode dizer o que realmente significam. ou se significam algo.
Há lembranças de boas sensações como de conforto, de acolhimento, de doação, de momentos que tive com ela. É natural que se queira mais daquelas boas sensações.
Costumo comparar com uma droga altamente viciante, que desperta sensações melhores que todas as outras que você já sentiu.
E assim.. também passei pelo desesperador período de abstinência quando não pude mais encontrar aquelas sensações "divinas".
Também não podia aceitar o fato de não poder mais tê-las, alimentando uma esperança doída, por não ser uma esperança verdadeira e sim... uma muleta maquiada de esperança para que o mundo que eu havia criado com todas aquelas boas sensações e definições sobre o amor e paixão, gestos e falas dela não desmoronasse e morresse.
Mas toda vez que percebia algo, que esfregava na minha cara a verdade sobre a situação: "não estava mais convivendo ao lado ela", "ela não quer mais". eu sofria , como se o mundo de verdade, batesse contra o mundo em que eu vivia, sustentado de falsas esperanças, e eu pudesse sentir o impacto, como se fosse meu corpo correndo e batendo contra uma parede sólida, sem saber que nunca iria atravessá-la.
Estava presa ao passado. Passado que estava na minha cabeça, feito de pensamentos, feitos de julgamentos e definições passadas.
Não pude ver claramente esses fatos. não pude ver, os sentimento e sensações eram fortes, e me embaralhavam a vista de tal maneira que fiquei cega. E decidi esperar. O tempo cura, me disseram algumas vezes, e sim, o corpo aprende mesmo cego, depois de bater tanto contra a parede, que por ali, não é o caminho.
e o amor, como será?
aurora
que já vais embora.
deixa-me... contar...
Não houve nada
mais bonito
pra lembrar
e de presente
de despedida
dou-te a minha
melhor lembrança
deitadas na grama
nossa luz
a nus rodear
e uma canção boba
pra cantar
o nosso amor.... aurora
eu nunca te amei,
nem pra sempre também,
nem antes, nem depois,
meu bem...
só agora.
eu te amo.
Aurora....
agora que já vais embora.
deixa-me...
segunda-feira, 3 de março de 2008
jaguatirica
em que a caça seja abundante,
os céus diurnos azuis,
os noturnos estrelados
e a companhia agradável.
Na verdade,
é a companhia que ela busca."
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
o nascimento de vênus
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
super nova
novo trânsito;
novos sonhos;
nova jornada;
caminho;
destino.;
saída;
novidades;
novata;
atalhos;
marcas;
formas;
razões;
busca;
encontros;
máquina;
novo cabelo bagunçado;
nova história pra contar;
novo estilo;
novidades... novidades...
repleta de novidades.
novos amores;
amigos;
nova nova nova.
sábado, 16 de fevereiro de 2008
espelho
não nos vimos o suficiente pra pedir tanto?
será que sou o espelho errado?
aparece e me diz se vem?
tenho impulsos que nos descrevem no meio da noite.
e descrevo.
através
vejo teu rosto de olhar atento.
Parecida,
Como o querer do reflexo,
ser teu espelho mais próximo.
quero ver-te mais e mais perto.
me vê?
vem perto?
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
encontro
venho de encontro a seu destino, e serei mais do que seu qualquer.
vejo a beleza do encontro de nossas mãos
e nossas almas puras feitas da fonte da fonte
dançam em nossos sonhos no meio da noite
dançamos sempre em círculos com as colunas alinhadas com o que é.
nunca é possível lhe dizer, mas vejo e sou o que é.
mesmo assim, posso te falar sobre qualquer coisa.
sem limites ou impressões
encontramos a forma do belo na fonte sem forma.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
romântico circo
indiferente a beleza no espelho,
me pergunto se o que vejo é só romantismo.
se foi eu que armei esse circo.
Diga que não, pela sanidade do palhaço.
Diga que sim, paga pra ver o espetáculo.
e não importa se é só romantismo
e não importa se é nada disso,
porque o prazer deste palhaço
é a beleza do teu sorriso
Quero ver o circo pegar fogo.
Quero ver o circo pegar fogo.
Quero ver o circo pegar fogo.
domingo, 10 de fevereiro de 2008
garçon
Nossos olhos percorreram a mesma reta,
mas meu ponto de partida, era a chegada dela.
Me ofereceu tímida, uma dose de sua beleza anestésica,
e num impulso inseguro, preferi não bebe-la.
Mas logo me inclinei sobre seu foco
para lhe servir palavras genuínas, indiferentes,
com cor e gosto de liberdade.
E assim,
sóbrio de sua beleza,
me tornei a bebida dela.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
Estranha nova sensação
Ela... aquela sensação estranha.
Estranha por não ter em minha mente nada que a classifique.
Mas ela continua lá, completamente nova e inidentificável...
Não, não há explicações prontas, nem preconceitos ou conceitos elaborados, muito menos argumentações palpáveis de certo ou errado, nem de belo ou feio. Nada.
Não me serve mais nenhum modelo pronto feito de passado.
A presença dessa nova estranha sensação me convida a pensar novo.
E o agora se faz presente ali ao meu lado, pura e simplesmente olhando-me nos olhos.
sábado, 2 de fevereiro de 2008
KT Tunstall
KT Tunstall (Kate Tunstall) nasceu 23 de Junho de 1975 na Escócia, e sempre soube que foi adotada quando era apenas um bebê. Sobre isso a cantora fala que cresceu sabendo que poderia ter tido milhões de vidas diferentes, o que torna a vida mais misteriosa e pode brincar mais com a imaginação.
Aos 20 anos conheceu a mãe biológica e descobriu que seu pai verdadeiro era um músico folk.
Começou a tocar piano e flauta ainda criança e aprendeu a cantar ouvindo Ella Fitzgerald. Aos 16 anos passou a se dedicar à guitarra e à composição de suas próprias músicas.
"Eye to the Telescope", chegou às lojas em 2005 e estourou com os singles "Black Horse & the Cherry Tree" e "Suddenly I see", que entrou na trilha sonora do filme "O Diabo Veste Prada".
Impressão Pessoal:
Bom, acho que não me lembro exatamente como conheci o som de kt tunstall. Mas acho que foi tentando descobrir quem cantava a musica "Suddenly I see" no filme "O Diabo VestePrada."
E fui subitamente encantada pela voz e jeito simples de cantar dessa mulher. Algumas músicas que cantava ao vivo, ela mesma fazia a percussão e violão. Precisa ver isso no youtube. Acho demais. Comprei o CD "Eye to the Telescope" e aprendi a tocar "The other side of word" no violão. Só pra ter uma idéia de quanto eu gostei.
Que tal experimentar ouvi-la?
depois me conte o que achou.
www.kttunstall.com/
site oficial
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
Carla Bruni
(Carla Bruni Tedeschi)
Nasceu em Turim em 23 de dezembro de 1967, nascida na Itália e criada na França e na Suíça.
Como Nico, Carla Bruni também foi modelo antes de se dedicar a música. E foi considerada uma das mais belas da sua época, junto com as primeiras top models internacionais. (ganhando cerca de US$ 7,5 milhões por temporada.) O.o
Deixou as passarelas em 1998; lançou seu primeiro disco um ano depois, "Quelqu'un m'a dit", onde a chanson era a principal influência; elogiado pela crítica, vendeu mais de 200 mil cópias na França e foi número 1 em vendas na Amazon do país. Com o lançamento deste a música passou a fazer parte definitivamente de sua vida.
Em janeiro de 2007, seguiu-se "No promises", cujas letras de própria autoria deram lugar a poemas de William Butler Yeats e Emily Dickinson, dentre outros.
Font: winkpedia
Impressão pessoal:
Encontrei o trabalho dessa mulher de sucessos, Carla Bruni, por um acaso na internet, eu diria que seu trabalho é mais ou menos uma bossa nova cantada em francês...
Letras melancólicas... e tristes... mas de uma beleza simples.
Vale à pena ouvi-la e vê-la.
site oficial: www.carlabruni.com
Nico
Christa Päffgen bem mais conhecida como Nico, nasceu em 16/10/1938 ou 15/03/1943, ninguém sabe ao certo, na Alemanha totalmente controlada por nazistas, que matou o seu pai num campo de concentração.
E faleceu na manhã de 18 de Julho de 1988, na ilha de Ibiza.
Nico saiu para dar uma volta de bicicleta. em sua nova vida tranqüila, e horas mais tarde foi encontrada, caída ao lado de sua bicicleta, vítima de uma hemorragia cerebral.
Em uma boate foi convidada a figurar em um filme, que virou clássico do cinema, e logo passou a ser modelo e então conheceu Bob Dylan, que impulsionou sua carreira de cantora, e apresenta-a ao artista plástico Andy Warhol, e a história se faz. E então Nico começa a cantar com os The Velvet Underground, e depois em carreira solo.
Impressão pessoal:
Conheci a voz de Nico através de uma amiga que é fã, faz pouco tempo, mal conheço sua discografia, mas há duas músicas que Nico interpretou, das quais ouvi, que no começo me intrigaram... e depois me hipnotizaram. Com a formação com os The Velvet Underground: "Femme fatale" e "I'll be your mirror". E fiquei com gostinho de quero mais.
Nico era uma mulher impressionantemente linda, poderosa e misteriosa. Tinha um olhar intimidador e ao mesmo tempo carente. Dona de uma voz glacial, forte e doce.
Vale à pena ouvi-la e vê-la.
Mais sobre sua biografia nesse simpático link.
http://www.screamyell.com.br/musica/nico.html
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
Cantoras fascinantes
- Nico
- Carla Bruni
- KT Tunstall
- Feist
- Amy Winehouse
- Keren Ann
- Cat Power
- Madeleine Peyroux
- Fiona Apple
- Alanis Morissette
- Bjork
- Tegan and Sara
- Fernanda Takai - (novo cd solo)
- Rita Lee - Mutantes
- Adriana Calcanhotto
- Elis Regina
- Nara Leão
- Mallu Magalhães
ps. lista escrita por ordem de lembrança e aleatoriamente.
inspiram-me...
voz.feminina.delícia
depoimento de um querido amigo.
mike
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
Joana Dark
terça-feira, 29 de janeiro de 2008
What a clown
"she builds you up just to put you down."
The velvet underground
Ontem, no fim da noite, tive um ataque de loucura. Me assisti fora de mim as gargalhadas de mim mesma. Ri o máximo que podia... Percebi que enquanto ria, quebrava e espatifava com todos aquelas correntes de pensamentos magoados, mentirosos, insanos que viviam na minha mente interpretando, justificando e condenando a cena que tinha visto minutos antes.
Alguém disse que não.
E de acordo com meu malucos pensamentos, agora mortos, isso não deveria e não poderia acontecer. Como se isso tivesse de ser lei. Alguém não poderia dizer "não" naquelas circunstâncias. Mas alguém disse...
ainda bem...
só assim pude ver no que estava construindo aquela visão.
era um monte de ilusão.
hahahahaha
Que alívio.
Rara Dama
com os seus cabelos longos
quente e vermelhos sobre os ombros
ela está chegando
na tempestade cinza
e a ventania se aproxima
em-contraste essa raríssima visão.
fogo e neve
neve e fogo
dançando sobre o seu corpo, nu.
ela queima e congela dentro de mim.
ela me dá calor e frio, calafrios.
Mas não tenho medo não,
vejo além de ti,
e além de ti,
teu coração
Observações
Neste momento.. enquanto ele falava sem perceber o que dizia, percebi o motivo de querer mesmo te encontrar. Além da sensação de encontro, me parece, quando me vejo nos teus olhos, que fica mais claro o que eu já sabia.
Não há separação nenhuma. E o amor já e só existe.
Encontros Raros.
Meus olhos sobrevoam o lugar, e pousam em outro canto, sobre uma senhora sentada. Seu peso naquela cadeira poderia quebrá-la. No olhar ela carregava a sensação de cansaço. Passou-me pela cabeça que podia ser a desistência.
Meus olhos cansaram-se também, e levantaram-se até o escuro de minhas pálpebras. Procurando ali o conforto e o silêncio da solidão. Mas então mil pensamentos distantes ecoaram em meus ouvidos... contraditórios e sem sentido, agarravam-se uns aos outros formando cadeias e cadeias de raciocínios furados. A maioria deles sobre o amor. Meus olhos avermelharam e abriram como um suspiro. Retomaram o foco no outro lado da sala, sem a menor sede de procura, imobilizaram-se, então vi uma garota sentada com as pernas cruzadas sobre uma cadeira alta. Ela fumava um cigarro com uma elegante postura erguida. Seus olhos também tinha vida. Abaixo de uma franja lisa e fina, eles eram serenos mas atentos, e logo perceberam os meus.
Neste instante, quando nossos olhos se encontraram, meus pensamentos todos, cadeias e cadeias de raciocínios furados, quebraram-se, perderam-se, desarrumaram, separaram-se e morreram.