quinta-feira, 23 de outubro de 2008

é lá.

Ela marcou de nos ver
na praça perto do trilho de trem
em frente ao ponto do ônibus
onde eu parei
e é lá, que eu vou encontrá-la
ela disse que eu podia ficar
até quando eu sei lá!

Ela é uma garota muito bela
e eu viro sempre uma fera
quando não posso ve-la
porque não deu
porque o carro morreu,
o gato escafedeu,
choveu, não dá...
vou ter trabalhar...
lal lalalalalala lala lalalala

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

quem sou eu.

tenho vontade de correr nua na noite estrelada, mergulhar numa cachoeira turbulenta, sentir muito frio, gritar por socorro no ouvido de alguém, depois chorar e tremer compulsivamente pensando que não sei quem sou... confrontando meu coração, meu corpo como desejo vivo, de ser dessas divinas coisas, como as estrelas e as cachoeiras.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

denovo

De ti, pensei mil irrealidades,
e sofri sempre ao se desmancharem
Me deparo então, com a verdade única e diamântica,
não ha como saber-te ou conhecer-te.
Condição real dessas como a gravidade.
e se vejo atos passados seus, e meus referentes a ti.
me perco, e começo já pelo fim.

"nova" é a palavra que me vem
com significado mais próximo
de nos aproximar.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Caminho em frente pra sentir saudade.

Só quero falar do que não entendo.

o seu olhar sobre mim. Porque, infernos, teu olhar tanto me importou?
Me importou, como se fosse possível sabê-lo. Assim como é possível ler uma carta franca e clara. Mas nunca chegou. Imagino que ela ainda esteja extraviada, errou o endereço e nunca mais me achou.
E esperei muito tempo. Pois era lá, nessa carta perdida, que eu acreditei estar descrito quem eu sou. E se for assim, pode ser que eu nunca saiba afinal. Me perdi.
Foi aí que eu percebi, não era mais a você à quem eu tanto queria, queria era a carta.

....



é possível ser livre das sensações?
Ser livre da dor ao prazer?

Ser livre, penso, não significa não sentir,
mas estar desamarrado de qualquer coisa ao escolher pra que lado.