terça-feira, 23 de novembro de 2010

rendição

Salve-me com um beijo seu
Leve-me e me lave a alma
veja, assim como eu sou
abrace-me-aqueça


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

peco porque não sei.

peco porque não sei.

não vejo sinais claros
a lógica me aparece como um guia prático
mas até mesmo essa régua
perde o sentido quando o eterno
se mostra como a resposta mais sensata.

sou minha própria distração
são infinitas as possibilidades
mas,
liberdade,
é ver

presa ao não saber,
porque isso me é condição humana
um ser perfeitamente moldado para perceber
apenas de si e à si

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

o homem invisível

Olhe no meus olhos e confesse que não me vê.
só quero crer que foi assim que eu lhe perdi.
Olhe pra mim. Agora diga que não me vê.
Diga! Diga que não me conhece mais, que nunca me conheceu, que eu sou invisível!
Diga que te fizeram uma lavagem cerebral.
Como em "o brilho eterno de uma mente sem lembranças"
só pode! e é só por isso não me ama mais....

não, eu não suportaria outro motivo.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

pokerlove

Comecei outra partida assim que terminei a anterior.
O que me forçou à uma espécie de remontagem rápida de mim,
reorganizei minhas cartas de qualquer maneira e ela tomou conta do jogo.
Confesso... não tomei as rédeas em momento algum.

Deixei que as emoções e impulsos dominassem o meu corpo
sem controle algum, e entreguei descaradamente minhas feições,
medo, frustração, insegurança com risadas nervosas e altas.
Reações típicas de um perdedor.

E então chegou o momento que o impulso inicial se esvaiu,
o desafio acabou, e ela me olhou pela primeira vez com o olhar vazio.
O vencedor está sozinho, e nessa hora, eu até quis jogar pra valer,
e lhe ser um adversário a altura.

Mas já era tarde,
analisei minhas poucas cartas nas mãos.
sem ver saída, me restou um suspiro.
Brinquei com as cartas entre os dedos
prendendo o máximo possível a minha vez
como se eu pudesse fazer isso pra sempre,
numa tentativa de blefe.

Me exauria a sensação de fracasso
toda vez que meus olhos topavam com os seus,
congelados, sem ânimo, sem medo
sem expectativas, sem tesão,
sem mais nenhum vestígio de algo por mim.
o jogo já havia acabado mesmo antes da última cartada.

perdeu a graça.
recolheu suas cartas...
e procurou outro par.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

aos cuidados de:

a busca pela segurança, é ilusão.
a busca pela felicidade, é ilusão.
a busca pelo amor, é ilusão.

a segurança em si, é real,
a felicidade em si, é real
o amor em si é real.

o cuidado, o zelo, o desvelo, são atitudes coerentes e paralelas ao amor.
e esses caminhos são de mim para o outro, e do outro para mim.

é preciso sair de si para chegar ao outro... e o amor é o caminho.


minha sincera gratidão aos que me amam. e aos que me amaram.