terça-feira, 11 de março de 2008

A Flor de Ouro

Sendo sincera comigo sobre o amor.

sinto mais de mil sensações quando vejo ela na frente dos meus olhos, ou sua imagem gravada na minha mente.

A cada vez é diferente.
Quando penso naquela pessoa, posso cair em tristezas profunda ou em sobre uma onda de paz, desprezo, ou medo.
Depende sempre de qual julgamento sobre as atitudes dela, qual a interpretação que tomo como verdade de suas falas e gestos. Interpretações, julgamentos sobre atitudes, gestos e falas, que nunca saberei o que realmente significam, ou se significaram algo. E também a interpretação do próprio sentimento, definindo-o de amor, ou paixão, ou os dois juntos. Definições subjetivas e pessoais.

Esses meus pensamentos são tão fortes, que me provocam sensações que mexem até o físico.
sensações que parecem borboletas dançando na barriga, algumas vezes um embrulho no estômago, tremor, suspiros, aperto no coração. e mais.

E como a maioria das pessoas, já chamei isso de amor.
Como pode ser amor, sensações que emergem por motivo de pensamentos, julgamentos, interpretações, suposições imperfeitas, incompletas, ilusórias... sobre gestos, atitudes, falas, que nem mesmo ela pode dizer o que realmente significam. ou se significam algo.

Há lembranças de boas sensações como de conforto, de acolhimento, de doação, de momentos que tive com ela. É natural que se queira mais daquelas boas sensações.
Costumo comparar com uma droga altamente viciante, que desperta sensações melhores que todas as outras que você já sentiu.
E assim.. também passei pelo desesperador período de abstinência quando não pude mais encontrar aquelas sensações "divinas".

Também não podia aceitar o fato de não poder mais tê-las, alimentando uma esperança doída, por não ser uma esperança verdadeira e sim... uma muleta maquiada de esperança para que o mundo que eu havia criado com todas aquelas boas sensações e definições sobre o amor e paixão, gestos e falas dela não desmoronasse e morresse.

Mas toda vez que percebia algo, que esfregava na minha cara a verdade sobre a situação: "não estava mais convivendo ao lado ela", "ela não quer mais". eu sofria , como se o mundo de verdade, batesse contra o mundo em que eu vivia, sustentado de falsas esperanças, e eu pudesse sentir o impacto, como se fosse meu corpo correndo e batendo contra uma parede sólida, sem saber que nunca iria atravessá-la.

Estava presa ao passado. Passado que estava na minha cabeça, feito de pensamentos, feitos de julgamentos e definições passadas.

Não pude ver claramente esses fatos. não pude ver, os sentimento e sensações eram fortes, e me embaralhavam a vista de tal maneira que fiquei cega. E decidi esperar. O tempo cura, me disseram algumas vezes, e sim, o corpo aprende mesmo cego, depois de bater tanto contra a parede, que por ali, não é o caminho.


e o amor, como será?

aurora

agora,
que já vais embora.
deixa-me... contar...

Não houve nada
mais bonito
pra lembrar

e de presente
de despedida
dou-te a minha
melhor lembrança
deitadas na grama

nossa luz
a nus rodear
e uma canção boba
pra cantar
o nosso amor.... aurora

eu nunca te amei,
nem pra sempre também,
nem antes, nem depois,
meu bem...

só agora.
eu te amo.
Aurora....

agora que já vais embora.
deixa-me...

segunda-feira, 3 de março de 2008

jaguatirica

"A jaguatirica busca um local
em que a caça seja abundante,
os céus diurnos azuis,
os noturnos estrelados
e a companhia agradável.

Na verdade,
é a companhia que ela busca."