quarta-feira, 23 de julho de 2008

Um texto meramente organizativo

ando meio confusa, de qual caminho tomar, tomo como por um susto o ultimo romance que chegou ali. mas as circunstâncias não ajudam, e a paciência é como um crédito analisando a valorização das ações no mercado. e a pergunta martela em sincronia à dor de cabeça: esse sonho, essa imagem, vale todo o tempo que precisamos esperar e fazer para o termos?
Mas que tempo?

Eu tenho pressentimentos, misturados as percepções vistas à olhos nus. É quase como se eu pudesse fazer um cálculo bem feito de matemática onde o resultado... é difícil errar, é raro.. é... estatisticamente 99,9% de acerto. Mas sempre posso contar com uma variante ali e outra aqui e até posso mudar o resultado... mas quando não consigo, me invade uma sensação de fracasso, e preciso me cuidar sempre pra não ficar paranóica, saber antes, pode ajudar mas pode atrapalhar mais ainda. Saber que vais cair se não acertar o pé no lugar certo é ainda mais aterrorizante que cair. Algo que pode esmagar o coração de alguém.

A sensação é contínua, engasgo na garganta e aperto no peito, a ânsia de vômito, mas não se tem nada no estômago, já nem consigo mais comer, mas ainda assim se quer vomitar, expulsar a dor e o medo como se fossem materiais, físicos e podres!

Me sinto presa em meu próprio corpo forjado pela minha própria mente.
Enjôo mais uma vez, vou vomitar, eu vou vomitar.
Não há nada no estômago!

quando fica muito confuso como agora, enterrada já com mil ilusões pegajosas,
e é difícil enxergar algo agora, com tanta"esperança" de um futuro melhor. já que o presente é estranho e apático, como uma neblina que me esconde fria e parada vendo os outros viverem, andarem, mudarem, e eu presa vendo o presente como meu "futuro passado".

engraçado, não enxergar isso. eu que cantava para outros despertarem. andei tanto dormindo.
sonhando com um futuro como se fosse um prêmio, mas que não podia esperar nada mais além de um presente mediócre. Esperava que coisas mágicas acontecem e eu fosse ficar feliz derrepente, e do céu caísse uma providência divina. Sempre pensei que fosse assim. não sei. talvez até seja....
por isso nunca me preocupo. nunca me preocupo com muita coisa.
a não ser quando tenho meus pressentimentos...

podia eu ver algo mais? talvez eu nem veja mais nada, além de ver o futuro ser boicotado pelos meus pressentimentos. Por isso ando tanto querendo consultar uma cartomante. Rs
muito engraçado da minha parte... não ter percebido....

e eu aqui no presente me embriagando.
muito engraçado. muito engraçado.

terça-feira, 15 de julho de 2008

o fio da navalha

seu fino fio que ficou, quando laçou o meu coração em conquista, agorinha mesmo fez um nó.
E está fincando, está doendo já... de tão apertado.

Meu coração bate, se debate, se contorce, mais e mais forte
na tentativa desesperada e enlouquecida de se libertar desse fino fio e forte feito da matéria que une.

E quanto mais se afastas, mais aperta
e faz perder as forças que resistem.
Mas o que adianta debater a carne crua contra um fio tão fino e afiado?
não há saída... vai cortar em dois!

é tanto... que já posso sentir o gosto de sangue na garganta.