quis por toda a culpa em ti, mas a dor não é tua, é minha.
como posso pensar que és a causa, se sou eu quem sinto a ânsia de vômito.
....
Você não me enxergaria, não seria possível com esses olhos cheios de nuvens pesadas e cinzas.
não me entenderia, muito menos ainda, perdoaria.
como sujeitar-se a olhos assim sem se perder, sem se encharcar dessa magoa tempestuosa?
esquecida que teus olhos jamais foram donos de mim, me perdi.
Mas recordei-me agora, a tempo de me salvar de morrer afogada dessas tuas águas turvas e silenciosas. E de agora, se me vês ou não, não importa mais, jamais irá me tomar ou me tornar.
lavei-me dos pés a cabeça dessas águas límpidas lacrimais e curadoras.
agora é que vamos ver.
Um comentário:
esse foi o texto mais arrogante e rancoroso que escrevi. não tenho orgulho, mas manterei aqui, como prova do meu egoísmo.
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