segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

prolixia

Sempre, sempre, sempre. que eu me construo rápido, é rápido a desmoronar. Deslizamentos, e alagamentos no meu cérebro, e a dor da perda toma conta de mim. Lhe falei que nunca havia me cortado, e pela primeira vez passou-me pela cabeça que seria uma bela distração essa dor física à vista, e curável, do que uma que nunca, nunca, nunca pode-se ver, curar ou fechar apenas com remédios simples e curativos práticos e manipuláveis.

A razão me abandona sempre, sempre, sempre.. que o coração me toma por saltos, e as trágicas lembranças dos passados funcionam como motivos, desculpas e bodes expiatórios para meu comportamento instável, anárquico, inseguro, infantil... descompromissado.

onde já se viu. alguém do meu tamanho chorar assim por tanta bobagem. E lá vem meus pressentimentos antigos, revisados e desmedidos... com réguas imaturas e sem nenhum sentido.

Procuro minhas curas momentâneas, equilibrando sobre o teclado um cigarro, escrevendo sem parar palavras soltas, que descrevem no formato e não no conteúdo as minhas reclusas desculpas desavisadas de mim de mesmo.

Por mim... só queria ser como um monge. Aliviar esses tons de vermelho na minha cabeça, olhos e boca. Como Tara Vermelha a mulher BUDA. Tentei até meditar em silencio mas acabei de me arrebentar por dentro.

Deixe-me escrever, por favor, é o único remédio a vista, além dessa carteira de cigarro cheinha, aliviadores desse grito amarronzado.

Eu faço certo mas em seguida estrago e destruo toda a impressão descente em uma única fala. É como falar dos marrecos e patos antes de dormir ao seu lado.

Não há como entender-me. eu mesmo gostaria.... você não entende. e ainda clama para que eu veja através de sua boca fechada.

E aí que eu pedi por um clarão, um herói disfarçado, um príncipe num cavalo branco, um semi-deus tranqüilo e barato. mas foi o suficiente para me perder diante de tanta sensação descompensada, pensamentos acusadores, disparates e abóboras mágicas!

Éra assim que eu via Cinderela.

Um comentário:

mike zanette disse...

eu encontrei você pra sempre e pra nunca mais te perder.


entre tantos outros que sorte a nossa heim?