terça-feira, 5 de agosto de 2008

cativeiro

cobras de mim,
com o olhar, cobras.
vou voar, viro,
estou de costas
o bote, o boicote
cobra!

sinto a pontada aguda
é o fim.

é o nada.
agora vejo.
vejo de costas.
vejo tudo, sem olhos!
vejo tudo, sem mente!
vejo tudo, sem nada.

nunca houveram cobras além de mim.

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